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Humorário

(um diário de rir para não chorar)

(um diário de rir para não chorar)

Humorário

12
Mar21

Sem travões

Humorosa

Estão preparados para mais uma aventura da Humorosa estão?

Então aqui vai em jeito de filme tragicómico para não ficar entalado nas veias e artérias e coisas que tais porque para trauma já bastam os joelhos fodidos e a mão toda esfolada. 

Era uma vez uma princesa Humorosa que andava com a mania de fazer caminhadas. Como a princesa tem assim um feitio especial, acaba por quando gosta muito muito de uma coisa ficar a fazer essa coisa muitas muitas vezes (normalmente até enjoar), o que significa que é pró em em "autosabotar-se" no que ao perfecionismo diz respeito. (se calhar auto-perfecionar-se é uma palavra melhor... mas adiante)

Posto isto, e após ontem ter sido toda feita em picadinho tipo ouriço caixeiro (?) (cacheiro?) pelas agulhas de acupuntura que indicaram que a sua visão caleidoscópica do mundo era não só válida, como bastante e suficiente (sem a conotação negativa que a palavra suficiente costuma ter), hoje tinha decidido que iria ser gentil consigo mesma e como sentia que precisava da sua grande caminhada lá se fez ao caminho.

2 horas depois e já bastante longe de casa pensou... serão mais duas para voltar, está a ficar um frio do xuxu, e acho que posso, devo e mereço ir de cu tremido (mas não tinha máscara porque quando se apercebeu que não a tinha levado já ia com "demasiada pressa" pra voltar atrás e não levou), e a única opção quase divina, a fazer fit in que lhe apareceu foi uma trotinete Lime.

Super empolgada, extasiada até, por tudo estar a encaixar magicamente no universo, andando à procura dos significados ocultos enquanto caminhava (em vez de SÓ caminhar - voz interna de bitch a dizer I told you so), lá se meteu em cima de uma Lime e decidiu epicamente ir em direção a casa com um sorriso de orelha a orelha e língua de fora que nem um canito à janela de uma viatura para condizer.

Tudo parecia funcionar, tudo parecia fluir, sentia-se a acelerar bastante mas desviava-se das pessoas e sentia-se a rainha do mundo! Uma sensação de conquista interna, externa e sei lá mais o quê envaidecia-a no seu novo meio de locomoção que a levava ao mundo. 

Mas, por algumas vezes teve necessidade de travar e o pé que teimava pôr na roda traseira não parecia surtir grande efeito quando desacelerava. Por duas vezes se viu à rasca para travar mas sobreviveu à potencial colisão com carros, e com pessoas. Até que ... como diz o ditado, à 3ª foi de vez.

Numa descida íngreme, sentiu que estava a ganhar balanço e o pé de trás por muito que se esforçasse não parava o acelerar da bicha que estava em rota de colisão com um entroncamento maravilhosamente povoado de carros e de um sinal vermelho para peões, bicicletas e trotinetes.

Vi a morte diante dos olhos em milisegundos e atirei-me qual super homem para o chão.

Caí de joelhos e mãos, a trotinete lá parou a sua descida infernal e eu fiquei a fitar o sangue a começar a sair pelas novas medalhas que tinha acabado de adquirir.

Respirei fundo lembrando-me de todos os ensinamentos de yoga, lá liguei ao mais-que-tudo, consegui mesmo tendo a adrenalina a correr-me nas veias lembrar-me de lhe enviar a minha localização super digna de costas deitadas na relva e patas pra cima encostadas a uma árvore só para ter a certeza que o sangue chegava bem à minha cabeça e não me dava prali nada pelo whatsapp, o moço chega, leva-me para casa, chego a casa, numa epopeia hérculea de quem ouviu sempre que não pode ver sangue e feridas lida com padrões mentais antigos e gere a situação real como uma real heroína fazendo os seus próprios pensos com carinho, amor e até mestria, volta à sala senta-se repousando as maleitas e o seu mais-que-tudo pergunta-lhe sobre a questão dos travões que funcionavam mal.

Ora pois que se enceta toda uma pesquisa googliana por travões, defeitos, e lime (sem querer fazer publicidade a quem me tirou bocados de carne em fim de dia), e eis pois senão quando, me apercebo que toda esta senda se materializou simplesmente porque eu simplesmente não usei os travões.

Andei de lime, durante 5 km, em plena Lisboa ... SEM TRAVÕES.

Num misto de vergonha, culpa e tristeza, decidi que viria partilhar convosco a minha experiência e o meu ensinamento desta situação sob a forma de HAIKU:

Travar é preciso,

Travões também,

Aceita-os na tua vida.

(e sempre que a vida te convidar a desacelerar, não vejas isso como uma ameaça, morrer será bem pior.)

E é isto meus senhores, termino o meu dia 12 de março de 2021, cheia de mazelas porque sendo eu uma gaja das pressas e de se achar senhora da sua sabedoria (BULLSHIT MILADY), ignorei por completo os travões da trotinete por ter assumido que ela travaria de forma similar a uma trotinete elétrica que tive quando tinha 14 anos e que travava com a roda de trás (Obrigada cérebro, quiseste economizar energia para não pensar muito e olha no que deu. Da próxima vez lembra-te de validar se o teu modelo mental de como funcionam os travões lá pros anos 2000 é válido na REALIDADE que estás a viver no momento. E tudo se resume também ao ensinamento: Estás a caminhar... CAMINHA SÓ. Está presente! Andas aí a pregar o mindfulness e olha decidiste hoje ignorar isso por completo e agora levas com a dor para te lembrares de estares presente no teu corpitxo)

Este post era suposto ter piada.

Mas não tem muita.

Acabei por me culpar bastante.

Olhem, foi o que deu.

Ainda assim note to self: Tratei das minhas feridas sozinha que nem uma strong independent woman... quanto ao resto, acho que ando como todos vocês aqui no mundo - a apanhar papéis.

Dança dança, balança balança, É a vida a acontecer.

(quase que era o ) Fim.

MAS NÃO FOI CARALHO que eu ainda tenho muito aqui para aprender.

19
Fev21

Hoje fui andar mais um bocadinho (achava que tinha perdido este post!)

Humorosa

(antes de mais dizer-vos que achava que tinha perdido este post, e como tal a possibilidade de vocês partilharem comigo mais uma experiência diária pouco relevante. Tudo porque decidi que para ser mais assídua aqui iria começar a publicar via telemóvel. COCÓ! Demorei até perceber a porra do ícone para publicar e como diria o meu mais-que-tudo balbuciei "Não sabem fazer apps" seguido de um amuo de criança antes de ter ido buscar o pc contrariada "se não tiver ficado no rascunho automático publico só um post a dizer "isto era para ter sido um post mas o sapo blogs do telemóvel não funciona e por isso comeu-me o post." bem ao jeito e em homenagem ao meu colega de escola de seu apelido Tully que dizia alegremente que não tinha feito os tpc porque o cão lhe tinha comido o caderno. Inveja daquela leveza e atitude era o que eu lhe tinha. Então este seria o meu resgate emocional desses momentos. Não aconteceu e em baixo poderão ver o magnífico post do dia de hoje. Era isto. Obrigada e bom dia )

 

OH ESPEREM... O sapo comeu-me parte do post!

O equilíbrio do universo a ser restaurado!

Pronto! Vou aceitar isto como um exercício para lidar e transformar o meu perfecionismo e vou deixar tal e qual como está. Por isso, imaginem o início disto. Abaixo a fração que restou do que foi o meu post mobile.

[...]

E para além de ter pisado cocó em modo cinematográfico com aquele deslize de perna que vai adiante e que só foi controlado por ter uns abdominais super trabalhados que trancaram a queda certa no chão tudo porque ia a admirar um pequeno ser que o pai passeava com ar de quem já não sabe bem o que lhe fazer.

Para além disso recebi uma chamada de um senhor velhote que queria falar com a meo e que insistia que eu só podia ser da meo porque aquele era o número que vinha na fatura e ele queria reclamar porque estava muito doente e não podia ter uma fatura tão alta. No meu misto de pena e impaciência lá lhe disse que não podia fazer nada por ele mesmo que ele insistisse comigo "mas não tem mesmo o número da meo?" "não, peço desculpa, mas pode sempre consultar no site" "eu tenho la disso menina!? não me pode ajudar não é? Pronto" e desligou...

(Adoro estas magias de dias 😂)

03
Dez20

Cenas divinas

Humorosa

Ia a gaja a passar numa passadeira quando se detém perante um bruto mercedes com alguém que a fixa.

Logo de imediato se apercebe do seu cérebro a fazer raízes quadradas e a ajeitar uma mira qual google lens na fucinheira do condutor.

Pior... a fucinheira dava MATCH no arquivo mental.

Eu conhecia aquela cara...

Mas como aqui a gaja está sempre a duvidar das suas capacidades por mais livros que leia e estude ...

(já diziam por aí que o mundo se divide entre os que se acham burricos mas são aqueles que até sabem só que estão sempre a duvidar de si e os que estão cheios de certezas e que na verdade são os verdadeiros burricos, sem ofensa para os jumentos que também têm a sua parte no ecossistema)

Achou que não. Que provavelmente tava a ver caras e o caralho só porque agora anda a aprender sobre microexpressões e linguagem corporal...

Mas... O INTESTINO... O INTESTINOOOOOO (ler como se tivesse a cantar a música Ai destino ai destino....) mandou olhar de novo. E porra, se não era aquele meu colega do curso online...

Fazendo-me de sonsa, decidi continuar caminho e com um ar de diva, digo para mim:

"Se for ele que mande mensagem!"

2 segs depois

BRRR BRRRR telefone a vibrar nas calças.

E não é que era mesmo ele?

Conclusão: Devia ter jogado uma raspadinha que talvez também acertasse.

(Gostam dos meus raciocínios? É isto. Tá tudo frito.)

 

16
Nov20

Fugi daqui

Humorosa

E do confinamento obrigatório,

E do stress dos dias iguais,

E do stress das discussões de casal,

E da falta de liberdade.

Lá,

Não saí dos limites do concelho,

Fiz tudo a pé e havia muita areia e mar,

Discutimos o confinamento em Lisboa,

E visitei uma cadeia.

Isn't it funny?

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