Acordei às 5, 6 e 6h55. Tive calor, rebolei, virei e revirei, e lá me arrastei feita lesma para fora da cama. Saí, trouxe o iogurte e a granola que sonhei ontem à noite comer hoje de manhã, e aterro no meu lugar. Estou cansada, tenho uma ligeira pressãozinha na cabeça, mas pelo menos uma sensação de normalidade. Nunca gostei de ser normal, mas depois de muitos dias a sentir-me esquisita no meu próprio corpo, é bom sentir que estou "normal". Sou interpelada por pessoas banais, por colegas que me tentam comer as papas na cabeça a achar que eu não ouvi, ou não percebi certas coisas, e honestamente dá-me um certo gáudio este corriqueiro normalzinho das pessoas. É um bafo de normalidade a alfazema com hortelã, estranho, esquisito, mas incrivelmente calmo e refrescante. Faço planos de como será o meu dia de amanhã por precisar de me ir tornar num pequeno ouriço caixeiro junto da minha acupuntora. Ela que me espete todinha, fure por todos os lados, só para que possa ter aquela hora e meia de paz a babar-me pelos cantos da boca. E é bonito que assim seja. Esse normal ser das coisas. E por essa razão vou atirar-me à normalidade de ter que ir trabalhar qualquer coisa, para poder justificar que recebo o meu normal ordenado ao final do mês, como uma pessoa perfeitamente normal. Fui