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Humorário

(um diário de rir para não chorar)

(um diário de rir para não chorar)

Humorário

31
Mar21

Menti-vos! (Reflexão sobre o meu não processo de compra de gelados)

Humorosa

Humorosa here, eu me confesso, menti-vos.

Disse que ontem ia comemorar o meu grande feito congratulando-me com gelado porque podia e acabei por não comprar merda nenhuma. Isto porque, passo a explicar, aconteceu isto na minha cabeça dentro da minha breve incursão ao Continente (ps. Isto não é marketing até porque eu não gosto assim tanto de ir às compras no continente... sou mais de Lidls e Aldis e cenas afins e isto continua a não ser um post publicitário.):

Eu:

"Hummm... a minha boca está a saber a sangue. Será que é suposto?"

"Epá tou-me a babar... se calhar isto não é muito normal... Se calhar a dentista quando disse que era para fazer exercício leve não incluía caminhada de meia hora... hum.. eu e esta mania de querer desafiar-me. Se calhar fiz cagada."

"Epá e se eu me esvair em sangue na boca tipo mega filme de terror e gore e afins? E se eu desmaio praqui? Seria a vergonha. Correu tudo tão bem na dentista e borrava agora a pintura. Puta que pariu... não não... concentra-te."

"Epááaaaaaaaaa tou a ficar com um calor do caralho! Próximo passo... concentrar-me em rótulos e não nesta sensação urgente de bazar daqui o mais rapidamente possível."

(As luzes começam a ficar demasiado intensas e eu uma barata tonta entre os corredores)

"Fodaaaaaaaaaaaaa-se. Isto é um ataque de pânico. Olha que bonito. Vá vá... concentra-te vai lá à arca dos gelados. Um pé, outro pé, outro pé, e outro pé, e outro pé... cheguei caralho! Olha que merda... só há gelados com necessidade mecânica de mordedura e eu tenho um enorme buraco no sítio que já foi um dente... next."

"Ora gelados de comer à colher... impecável, sim senhor, mas com pedaços e pedacinhos. Já me estou a imaginar a deixar um pequeno suspiro no buraco que outrora foi o meu siso, ou quiçá uma breve lasca de straciatella (tá mal escrito mas não me apetece ir ao google..)"

"Ok, vamos lá tentar não ser gordas. E se formos aos gelados vegan e açaís da vida? Comes, lambusas-te e não te sentes uma enfardadeira... Vamos lá."

"Hum... já me estou a sentir melhor, esta merda de ler rótulos resulta mesmo, ou para quem quer dizer à especialista, esta técnica parcial de grounding até que resulta. Ora...gelado vegan de baunilha do madagáscar... Uau, que fino! É mesmo isto, vou levar este potinho na hora. Ora... quanto custa? 6,99€. Sayyyyy what??? A sério? Não vai acontecer. Portei-me bem no dentista, o valor não foi assim tão dispendioso, não vou levar isto só para parecer que no conjunto financeiro dos meus gastos do dia fui arrancar um dente a Cascais. NEXT."

"Bom...sobram-me os iogurtes. E se me permitir comer um grego? Um iogurte calma minha gente. Então... açúcar - IMPOSSÍVEL, Gorduras saturadas a.k.a. o meu demónio do colesterol - Impraticável... Epá, puta que pariu, que nem para prevaricar dá para fazer a merda pela metade. Olha que se foda, vou levar este com sabor a figo e canela que é o mais exótico que por aqui há e eu quero comemorar o meu arrancar de dente como gente grande...."

(Dobra a esquina dos iogurtes e numa prateleira começa a brilhar uma luz cintilante, quase que angélica a chamar por mim e de repente, aparecem uns iogurtes proteicos com uma míriade de sabores (adoro a palavra míriade) a ecoar qual canto de sereias a encantar o Ulisses perdido nos mares que rodeavam aquele Continente ... *pun intented*)

"Caralho!!! Tanto iogurte diferente! Olhaaaaaaaaaaaa mas que bem, nem gorduras, nem açúcares, só PROTA amigos!!!! Olha que escolha consciente eu já consigo fazer... comecei a pensar quando saí de casa que ia buscar um mac flurry ou um sunday (simples para não ficar com pedaços no buraco) e acabo a comer tipo Isabelinha da Tvi (já não é pois não? Eles lá se chateiam todos o que me faz crer que a minha vida profissional até nem é assim tão fora da mé(r)dia) Tou orgulhosa de mim carago (com sotaque do PUORTO que há uma voz interna minha que ficou gravada assim...tripeirinha caralho)"

"Ora então... vamos escolher... é um destes, um daqueles, outro dos outros, e outro destes. Fazendo as contas dá um para o almoço, outro pro lanche, outro pro jantar e és uma linda menina que em vez de comer gordices para comemorar o seu feito decidiu fazer uma escolha consciente e ponderada, fazendo uso do seu humor relaxado e calmo ao invés do seu humor enérgico que normalmente a faz escolher andar de trotinete sem travões. Chupa inteligência emocional, tou-ta perceber cada vez melhor!"

Posto isto, levei os iogurtes empilhados, como se tivesse acabado de os roubar de uma arca do tesouro e como comecei gradualmente a entusiasmar-me de novo deixei esbardalhar um no chão que se esbeiçou todo e nesse preciso instante uma nova decisão era necessária: Pagar pelo estrago mesmo sabendo que não iria comer o iogurte com covid dos sapatos de todos os utilizadores daquela grande superfície, ou colocar estrategicamente o iogurte na estante, fazer a sua troca por um novo, e decidir que aquele iria contar como "ruptura de stock" porque a Sonae pode. 

Ora pois que eu não posso ser sempre boa pessoa pois não?

30
Mar21

Já está caralho! Menos um dente! (e uma reflexão sobre como podemos ser tão errados nos nossos pensamentos)

Humorosa

BOM DIA ALEGRIAS!

Começo este post pseudo-reflexivo-e-ainda-assim-cómico-porque-este-é-o-mote-deste-casebre por dizer que tenho menos um dente. O dente do siso foi removido com sucesso e honestamente as 4 horas desta noite que passei em pura tensão, a visualizar num quadro colaborativo que ao invés de ser digital era mental, foram totalmente desnecessárias. Ou melhor, como verbalizei no fim da consulta (que demorou praí 30 min) "Tanta merda para isto..." fazendo rir o trio que já me atura os tremeliques na cadeira de dentista há já largos anos.

Mas serve este post não só para me rir do rídiculo dos meus pensamentos medricas, como também para me/nos lembrar de não lhes ligar grandemente em momentos de aflição, senão vejamos todos os pensamentos que tive e que foram totalmente gorados pela realidade, ou para dar uma tónica mindful, pelo "Aqui e agora", que é na verdade, o Presente (e que mais na verdade, é o único tempo existente ... caso não consideremos teorias de cordas e merdas quânticas tá?):

1. Vou apagar-me na cadeira do dentista porque vou ficar mega nervosa - NÃO ACONTECEU NUNCA E NÃO FOI DESTA VEZ por isso CAGA NISSO.

2. Não vou conseguir controlar os nervos e vou parecer um vibrador como de costume na cadeira - Vibrei tipo quase nada, por isso, CAGA NISSO.

3. Vou chegar lá e já sei que com os nervos vou "cagar no assunto" assim que me sente no sofá - NOP. Nem usei o wc desta vez! CAGA NISSO.

4. Vou sentir a gaja a alavancar-me o dente - Não senti um caralho. CAGA NISSO.

5. Vou sentir a anestesia e vai doer-me. Não vou relaxar e a anestesia não entra - Senti só um bocadinho de nada, tipo um mosquito durante 1 seg, relaxei tanto que de repente não sentia nem a língua. Por isso... CAGA NISSO.

6. Não gosto de tirar sangue, por isso não gosto de agulhas então vou panicar quando olhar para a agulha da anestesia. (Como podem verificar este argumento é puramente lógico ... NOT) - Não só já tirei sangue várias vezes e não caí pro lado, como também vi a agulha, ela fez o que tinha a fazer, e eu ali, uma vencedora. Por isso... CAGA NISSO.

7. Depois de me tirar o dente vai-me dar pontos. - Guess what? Ainda estou a morder uma compressinha e a babá-la toda mas pontos nem vê-los. CAGAAAAA NISSO.

8. Ah e tal e vou tomar antibiótico e vou ter que ter atenção para lhe dizer que da última vez fiz alergia a um que ela me deu e lá lá lá porque vou parecer um panda inchado nos olhos e depois pode interagir com a pílula e tenho que ver quando é que pára de fazer efeito. - Miga, coma uns geladinhos, cenas moles e frias e tá boa pra seguir. CAGAAAAAAA NISSSO.

9. Ah e tal vou ter que desmarcar a minha aula de yoga porque não vou poder dar aula nestas condições. - "Exercício físico leve pode fazer. Só não se ponha a levantar pesos..." Yap, CAGA NISSO

E ia escrever algo no 10 mas parece que o meu cérebro vazou por completo e apesar de ter tido certamente mais pensamentos à velocidade da luz que nem me apercebi, estes foram realmente os mais relevantes e olhem para eles... tão queridos e ingénuos, a tentarem criar uma imagem de futuro com elementos do passado, IGNORANDO TOTALMENTE QUE A NOVIDADE DO PRESENTE SE INFILTRA NO MOMENTO E TRAZ-NOS SEMPRE UMA NOVA ABORDAGEM QUE NÃO ESPERÁVAMOS (ps. Não estou a ser rude. Só quis escrever em letras garrafais para ver se de uma vez por todas eu faço as pazes com o meu cérebro e com a sua velocidade furiosa de criar-pensar-inventar-prever e perceba com CARINHO (outro conceito importante de reter) que ele vai sempre fazer isto, e vai haver vezes que vai ser útil, outras que nem por isso. E mais, que eu estou a TREINAR para que ele mostre a si próprio que em momentos de pensamento corredor e com medo, por FACTOS do Passado - os inegáveis sucessos da Humorosa - no momento não há razão para dar valor à voz Drama Queen, mas sim à voz calma que repete incessantemente - que a Humorosa precisa de repetir-repetir-até-deixar-entrar- "O dente já saiu. O dente já saiu. O dente já saiu. Já não vale a pena ficares nervosa." E que puta que pariu, JÁ CONSEGUE ACALMAR a roda viva que ela tem dentro.

Posto isto, e desculpem a todos a punhetice, mas vou comemorar este sucesso congratulando-me, e passando a referir-me a mim, como Dona Humorosa, a Rainha das Conquistas.

Isso e a comer gelado.

PORQUE POSSO!

29
Mar21

Dizem que amanhã vou arrancar um siso

Humorosa

E isso significa que desde ontem à noite estou com a sensação de formigueiro em todo o corpo como se tivesse sido alvo daqueles programas dos anos 90 em que metiam as pessoas dentro de cubículos de vidro e depois deitavam lá para dentro o animal/bicho/coisa que lhes metia mais medo e se eles aguentassem ganhavam guita... 

Aqui é igual, só que dentro do meu cubículo poderíamos meter os médicos de toda a estirpe, incluindo dentistas, e não há como desistir, pelo que se torna óbvio que eu aguento sempre, mas no fim, fico sempre com menos guita.

Não há condições meus senhores.

Anda aqui uma gaja a pregar a respiração consciente e nestes momentos de aflição a única coisa que alivia é uma boa musiquinha e ocupar todos os minutos e segundos até que o momento/hora da verdade chegue, passe, e eu possa gritar (devagarinho para não "arrebentar" os pontos) que eu CONSEGUI MAIS UMA VEZ CARALHO!

Era isto, só por hoje.

Namastretas.

26
Mar21

Caminho de desenvolvimento pessoal (E não este não é um post auto-reflexivo-cansativamente-filosófico)

Humorosa

Ontem dei comigo a trilhar mais um pouco do meu caminho de desenvolvimento pessoal num lugar que aparentemente seria improvável.

Já dentro do chuveiro, embrenhada no vapor que saía e embaciava azulejos e espelho do wc, principiou-se em mim uma enorme vontade de cantar que, sendo tão impulsiva, só me permitiu aperceber-se da sua existência material quando de repente, a alto e bom som, estava eu a cantar o refrão desta música:

Assim que me apercebo aquilo que me deu, fosse um pequeno achaque ou um nevoeiro nas sinapses, decidi que iria continuar o canto lírico desta música em plenos pulmões, num loop incessante, até que de repente, o meu amado cérebro decide começar a inventar letra para as partes que não são o refrão e PASME-SE, letras sobre o meu percurso de desenvolvimento pessoal.

Posto isto, com a música de fundo "O pito da Maria " poderiam ouvir-se estrofes como as que irei tentar reproduzir com a fiabilidade que me é possível hoje, já distante daquele momento épico entre fumos de palco:

"Neste momento lindo

No dia, mas já no fim

Quero dizer ao mundo

Que já gosto de mim"

(e depois cantava... "Oh Maria dá-me o pito, Oh Maria dá-mo cá, Oh Maria dá-mo pito, toma lá dá cá....)

"Quero também gritar

Para eu não me esquecer

Que eu mereço amar

Mas mereço não me perder."

("Oh Maria dá-me o pito ... (etc já perceberam))

"E estou agora no banho

A cantar à desgarrada

Tentando mostrar a mim mesma

Que eu sou mais que uma destravada"

("Oh Maria dá-me o pito ...")

"Por isso quero gritar

Para eu não me esquecer

Que eu estou a fazer mudanças

E vou continuar a crescer"

("Oh Maria dá-me o pito...)

"E assim termino as rimas

Porque quero-me lembrar

Que eu estou num enorme processo

Para me auto-aceitar"

("Oh Maria dá-me o pito... oh maria dá-mo cá, oh maria dá-mo pito, toma lá dá cá")

E termino com um audível "Obrigadaaaaaaaa local onde a Humorosa vive, obrigada obrigada (tipo Amália)"

E quando saio do banho o meu respectivo diz-me a rir-se

"Tu és a cantora, és a banda, fazes a festa, apanhas os foguetes e é sempre siga".

E eu envergonhada pensei para comigo que "yap, este é o caminho..."

25
Mar21

Reflexões aos engasgões

Humorosa

Ora Buenos dias, Bonsssssssss diaaaaaaaaaaas Matosinhos (vide referência abaixo) 

Estou de volta para mais uma reflexão sobre esta vida de marinheira que quer dar cabo de mim, pa pa ra para para para para pariii, MAS, que eu não deixo! Que eu cá sou uma strong independent woman (às vezes pequenina, mas strong.)

Pois que o que me traz aqui hoje é uma reflexão que me tem saído aos engasgões e que a cada dia que passa parece ficar mais sólida e solidificada assim como um cubo de gelo (com o problema claro que os cubos de gelo derretem em dias como os dias primaveris que têm sido, pelo que poderão sentir a convicção das minhas reflexões. Se calhar são mais como diz o Bruce Lee: "Be water my friend". Que portanto em termos de estado de matéria é um nível abaixo, líquido, Mas adiante...)

Mas e a reflexão perguntam vocês? Que a única merda que fiz até agora foi uma introdução pomposa que parece não servir para merda nenhuma...

A reflexão é simples: Não consigo saber se as coisas que eu faço, que eu decido, e que implemento deveriam ser como acabei por decidir. 

Imaginem... Começo a decidir que tenho que resolver um assunto porque claramente ele me incomoda, não me deixa dormir, sinto-me estranha, so on so on so on... começo a puxar pelo matutano e ele dá-me múltiplas opções, múltiplas oportunidades, e múltiplas respostas e depois, como se, se risse para mim, diz-me aquilo que qualquer balança de signo (e notem que eu também não entendo puto de estrelas) odeia ouvir: Escolhe.

Posto isto, e porque me sinto por dentro a ser comida por um conjunto de térmitas a construir o seu império debaixo da terra, sou empurrada pelas vísceras a tomar uma decisão para sanar o desconforto que sinto por dentro e que honestamente quero ver resolvido (sim porque quando risco to do's de listas tenho um orgasmo funcional... que é algo que daria para outra reflexão e que quiçá falarei aqui algures no tempo), e depois, começa a passar-se o tempo, começo a amadurecer a reflexão, como uma banana verde que compramos e no dia seguinte já começa a ficar amarelinha, (se bem que agora que penso nisto é mais tipo um abacate maduro que compramos com esperança de o comer no dia porque já é "maturado" e no dia seguinte puta que pariu já está podre... e todos sabemos que os abacates são caros para xuxu. (Será o xuxu caro? Adiante)), e eu sinto que se calhar fui demasiado impulsiva na decisão que tomei, que se calhar devia ter feito a coisa de outro modo, e que se calhar havia uma solução melhor, mesmo que isso tivesse consequências num futuro distante. Sim, porque a única razão pela qual eu tomo decisões quando estou a ser assaltada por elas é porque quero, qual polícia, dar uma de mázona e dizer-lhes que não há cá motins na prisão senão ficam sem ver a bola durante um mês.

E é aqui que penso que todos os cursos de Inteligência Emocional, Saúde Mental, Mindfulness, Yoga e Reikis e o caralho me falham nas horas. Sou espetacular a aplicar e a explicar conceitos aos outros, a ajudar os outros nas suas "hours of need" e nas minhas, falho como as notas de 500€.

E isto mói a humorosa por dentro meus senhores. Por mais textinhos cómicos, há sempre um raio de um ratico numa rodinha de hamster que quando pára de criar energia cinética decide continuar o seu percurso pelo meu interior roendo aqui, roendo ali, roendo...uma laranja na falésia

E de repente esboço um sorriso como se me abraçasse por dentro e penso que o meu cérebro é bem fodido mas não deixa de ser engraçado.

No outro dia pensava que tenho uma relação de amor-ódio com ele. Se ele é um génio para me lembrar de detalhes que nem lembra o Menino Jesus, por outro lado tem uma capacidade de fazer histórias dramáticas ao estilo das novelas da TVI mas com mais sangue, e quiçá narradas pela Cristina Ferreira (nada contra a senhora mas é o high pitch dela que ouço dentro da cabeça quando estou a ir às compras e de repente o meu cérebro principia num enredo dantesco de "E se te dá aqui um ataque de pânico à frente desta gente toda e ninguém te ajuda como quando te esbardalhaste de trotinete uma míriade de utentes da via pública e até ciclovia passou, quase que acenou, e achou perfeitamente normal estares a descansar deitada de joelhos no chão no meio da ciclovia? Hã???? HÃ???? - como podem ver, pode ser tenebroso.)

Mas não desviando do tema principal - ando a processar há uns dias uma merda de uma decisão que tomei e com a qual ainda não estou confortável. Como se a decisão que tivesse tomado fosse um bypass a algo que eu quero controlar (porque eu ainda sou cómica e acredito que controlo alguma coisa), e que não me faz ainda sentir plena. Mas depois penso que há poucas decisões que tomo nas circunstâncias de angústia que me fazem sentir plena e fico na dúvida com o resultado! Tal como quando fui despedida e me queriam pagar a indeminização só um mês depois e eu, por estar exausta da sensação de dor e farta daquela gente toda acordei várias noites a querer assinar a proposta assim para não me chatear mais e acabar de vez com aquele sofrimento, também nesta reflexão que tem sido feita aos engasgões, num pára-arranca desenfreado, estou em banho-maria, que é como quem diz que a reflexão irá derreter chegando ao seu estado final, mas lentamente, em lume brando... E eu não sou espetacular a lidar com brandices. Sou o oposto. Aquela que põe o lume alto porque quer muito comer panquecas e está cheia de desejos e depois reclama porque caralho elas ficaram queimadas e não as pode comer. Enfim... Desafios de uma Humorosa.

Posto isto, e depois deste texto também servir como parte de mais um engasgão da reflexão principal, penso que, tal como com a proposta do meu anterior trabalho, terei que esperar um pouco mais de tempo, para encontrar uma solução que seja melhor do que a minha primeira iteração que continua aqui a pôr o hamster a roer-me por dentro, ainda que agora, para já, no momento, me esteja apenas a roer os calcanhares.

E neste momento olho para dentro, de forma solene, e lembro-me da quantidade de iterações que fiz quando quis rebater a proposta de ida para o desemprego, cheguei a escrever 6/7 folhas com propostas diferentes, ideias diferentes, valores diferentes, coisas diferentes que iria dizer, até que, algures no tempo, a minha mãe, com uma suavidade e certeza de quem já anda nesta montanha russa há bem mais tempo que eu, me deu a resposta que eu nunca tinha pensado até aquele momento e que foi a qual com que senti mais conforto e decidi avançar. Dividi o valor da compensação em dois, para ser mais justo para ambas as partes. E de repente, cai-me a ficha. A minha primeira decisão só é justa para uma delas. Se calhar... vou ter mesmo que a repensar de novo.

 

22
Mar21

Não vim com manual de instruções

Humorosa

Esta é a carta que gostaria de endereçar a quem me enviou a este Mundo-Escola para aprender o que é ser pessoa.

Perdoem-me a lírica bocágica e a sua mistura com a verborreia camoniana, mas não sei ser de outro modo e creio que estou cada vez mais a aprender a gostar disso. Aqui vai.

"Caro Deus, Universo, Cena celestial, ponto denso gasoso no céu, e seus respetivos anjos, arcanjos e outros seres de luz,

venho por este meio junto de V. Exmas. apresentar o meu desagrado e pequenina irritaçãozinha, pelo facto de não me terem mandado à Terra com manual de instruções. Não percebo um caralho disto. A cada dia, esperava eu, ficando mais velha, pensava que iria ficar mais fácil, mas puta que pariu, não fica! Se passo uma semana com noites divinalmente bem dormidas, outras há em que mais valia nem vestir o pijama. Se há dias em que sinto que sou a rainha do mundo, outros há em que me sinto mais pequena que o ácaro que me faz espirrar (e que nunca vejo, cabrão.) Depois há dias em que acho que estou finalmente a perceber como funciona o mundo (para mim), e de repente vem a vida como sabe tão bem fazer, ser um puto de um camião TIR e bufaaaaaaaaaaaaaaas joelhos no chão, mão no chão, feridas abertas até à carne, trata aqui, sara ali, arde para caralho acoli, e tem que andar mais devagar e fazer repouso menina...

MAS EU NÃO SEI ESTAR QUIETA.

Sinto-me bem a mexer, a dançar, a interagir, a movimentar o corpo, a criar dinâmicas, a fazer yoga, é aí que me sinto eu, e se calhar TU (Deus, Universo, ponto denso de gases). Ainda não me percebi bem. Há dias em que sinto que quero muito movimentar-me porque te encontro nesse movimento e ainda por cima quando estou aí não tenho medo da Morte, e há outros em que sei que se não parar, algo me vai parar antes que eu queira. E aceito parar. E fico. E sereno mais. E reflicto mais. E pondero mais. E escrevo mais. E tudo e tudo e tudo.

Mas porra, é imperdoável esta merda de não haver previsibilidade e ao mesmo tempo meteres-me dias quase iguais, sensação de que estou num loop infinito de acorda-deita-acorda sem se passar nada de novo e extraordinário, e que já gastei todos os jardins para caminhar aqui à volta de casa... Já inventei todos os jogos para fazer, mas até de mim já estou às vezes um bocadinho cansada. Dos meus jogos, criações e depois crio de novo (porque só criando faço frente à morte. Crio para destruir a morte dos elementos que em conjunto fazem nascer nova energia, novo mundo, novo eu.) E depois fito o horizonte. E fico cansada a pensar se será uma luta inglória. E depois lembro-me que não é luta, que é dança e que eu adoro dançar, e como danço... e como tenho saudades de dançar. E logo eu que dancei dança do ventre. O circular, o jogo de cintura, a sedução da vida. E de repente pareço tão quadrada, qual valsa compassada, que se repete num jogo geométrico de sol-nasce-sol-se-põe.

E eu aqui. Assistente disto tudo. Participando disto tudo. E achando que percebo de um bocadinho de um qualquer isto, descubro que não percebo nada.

Caríssimos, para que inventaram vocês o manual de instruções se não me presentearam à vinda com o meu!?

Seria tão mais simples nestas horas de aflição, em que não se sabe como se deve proceder, (se é que se deve merda alguma) ir à página x do manual xyz ver a definição da melhor ação possível. Como se fosse um resultado de jogo de dados, que nos manda avançar para a casa 1 pelo trilho a, com passagem pela ponte pedonal b, falando com a pessoa y e dando atenção aos buracos na rua t.

ERA TÃO MAIS FÁCIL CARALHO!

E esta merda espetacular de eu ter uma visão do mundo que é SÓ minha também é gira sim senhor, e permite estes textos trágicómicos, e que outras almas que vibrem em frequências parecidas se revejam, se sintam curiosas, se incendiem também através deles, mas puta que pariu meus senhores, não seria mais fácil se vocês oferecessem uns óculos com uma app que permite ao outro, olhar o mundo com as nossas lentes para que nos entendessem, compreendessem e quiçá validassem!?

É que já nem sei o que dizer dessa conversa yogui de tens que te bastar a ti mesmo. Somos seres sociais for GOD sake. Podemos obviamente não estar nem aí para a opinião dos outros, mas terão que ser "outros" bastante irrelevantes. Não podemos cagar na teia do mundo das pessoas, porque meus queridos... dependemos uns dos outros, logo essa ideia de ser asceta no cimo do monte parece-me ser só via para alguns que cá vieram e já foram ou andam ao engano ou sei lá, é mesmo o seu propósito de vida (se é que essa merda existe mesmo. Depois mandas cá pra baixo um filme como o Soul e uma gaja fica ainda menos esclarecida, sim, porque com a quantidade de life coachs que para aí anda a apregoar "encontra o teu propósito" já não percebo um pequeno caralho quanto mais dois.)

Para além disso, dentro desse mítico manual poderias dedicar um outro manual que desse indicações para as relações interpessoais, a.k.a. como não estragar relacionamentos amorosos, de amizade, profissionais e ainda sentir-se realizado em todas elas, sem abdicar de merda alguma em alguma delas, ou abdicando, um manual de como lidar com essas escolhas de merda que se têm que tomar. Isso porque não quero cá antidepressivos que com essa bosta não sinto nada (been there, done that, don't want to go there anyfucking more...May God bless me). 

A sério! Se me explicarem só, como realizar uma escolha sem abdicar de algo, sem renunciar a algo, já abdicava do manual (um bocadinho só!). Não sei que coisas dizer, a quem dizer e como dizer, aprendo como se deveria dizer, fazer, e construir, e de repente como se fosse um elefante numa loja de porcelanas esmerdo tudo, esbardalho tudo, e penso para mim..."Here we go again". E agora que escrevo isto estou a ler-me a achar que sou uma verdadeira Drama queen, e que quem ler isto vai ficar com a sensação de que eu sou uma inadaptada da piça, azedinha como a nata que passou da validade há um mês, e/ou achar que estou com uma depressão ou início disso.

Pois que vos informo que não é nada assim. Que tudo isto que boto cá pra fora é simplesmente ligação direta ao meu veículo espacial que me transporta neste planeta. E por ser ligação direta às vezes pode dar choque. Não é o mesmo que uma chavinha bonitinha na ignição à qual se dá a volta e tudo funciona, tudo se movimenta, tudo está em conformidade.

Queria tanto saber qual a melhor opção para a escolha, queria tanto não ter que ficar a cismar se fiz a melhor, se poderia ter feito de outro modo, se a minha escolha terá uma consequência dolorosa ou até agradável. Queria saber também se esta sensação de desorganização que sinto no peito (que me faz sentir que os dias são iguais a si mesmos, mesmo que eu encontre sempre pequeninos pedaços de diferença e os leve no coração como pequenos balões de oxigénio que me animam a alma) vai passar rápido.

No livro de instruções também deveria de aparecer um capítulo dedicado a paragens de emergência e a instruções em caso de emergência. É que sinto o peito desorientado num choro que quer começar desmedido, mas que eu não quero que se instale. É como se eu quisesse parar a cheia que sinto que pode principiar a qualquer momento, porque esse não é o sentimento que eu escolhi para passar os meus dias. Já agora, se me ensinassem a ser mais resiliente, a resistir ao desespero depois de mil "nãos", a sentir-me confortável nos dias menos bons sem ter um desejo imediato de resolver o desespero da forma mais imediata possível... também era um serviço à comunidade. Ou isso, ou deixarem escrito no manual. Ajudava sim senhora.

Digo muitas vezes que quero paz, que quero tranquilidade, que quero calma... porque sempre me senti no lado oposto da montanha russa, nos picos altos e baixos e nunca naquele caminho que segue tranquilo a ver a paisagem como o comboio do Douro. Mas quando se me é ofertada a possibilidade de a sentir, de a viver mais a fundo, ocorre-se-me um medo que vem das entranhas como se não conseguisse Ser sem ter algo que Fazer.

E mais uma vez aí, entranha-se em mim a sensação desagradável de não perceber nada disto, de não ter sido convocada para esta jornada com o meu conhecimento, e aqui me encontro aos apalpões, aos pontapés, cotoveladas, joelhos no alcatrão e mão no chão, esfolada mas ainda viva, à procura do caminho que se calhar até já estou a percorrer mas que nestes dias mais atrozes de plena desorientação acho que não. (Apesar de já ter sempre aqui um grilinho falante dos bons  (e não dos chineses) a dizer que vai passar, passa sempre, já sabes que este é o teu ciclo desorganiza-organiza-desorganiza-organiza)

Se calhar era só atualizar as tais lentes. Se calhar elas estão já gastas, desalinhadas, pequenas, baças... Se calhar já me diziam também como é que se mudam estas lentes assim de forma mais fácil não?

(odeio essa vossa formazinha irritante de o nosso coração saber a resposta!)

E a forma como aparece na nossa mente, como um balão reluzente, a palavra "Aceitação" bailando como se fosse resultado de uma meditação profunda.

E como é se aceita?

E veem? Continuo na idade dos porquês. Parece que aprendi tão pouco...

Seria mesmo útil o tal manual de instruções.

Seria mesmo.

Por favor..."

21
Mar21

Para hoje, um poema, que eu também sei ser uma gaja séria...

Humorosa

Começa a inquietação de novo.

Está cá dentro vai borbulhando e vai sumindo.

Hoje voltou a borbulhar.

Volta a borbulhar quando alguém com necessidades sociais apenas vê interações à distância, por uma janela que me deixa de fazer sentir humana.

Percebo que as necessidades não podem ser supridas só por uma fonte,

Mas depois sinto-me mal, como se escondesse algum cadáver que já morreu há muito tempo atrás.

Eu nem o matei agora.

Revisito esqueletos no meu armário e tenho medo de os trazer à luz do agora.

Sinto necessidades e impulsos de uma Humorosa de outrora,

Que na verdade foi definhando e perdendo força.

Mas ela está lá, sempre à espreita de uma aventura,

De uma novidade. De algo que lhe dê adrenalina.

O vício da novidade. O vício de explorar o novo. O vício de beber daí o néctar que a agita.

Olho para trás e sim, sempre fui muito inconsequente.

As minhas emoções levaram-me a sítios onde nunca pensei estar,

Sítios onde nunca pensei ir,

E lugares onde nunca me pensei demorar.

No entanto não nego que ainda estou ligeiramente apaixonada por essa Humorosa.

Como se eu não quisesse que ela morresse dentro de mim…

E sempre que ela principia a aparecer evocando-me com as suas canções doces de sereia,

Principia um duelo entre o que fui e o que quero ser.

Entre o meu espaço e o espaço do Outro,

Entre o meu espaço e o espaço dos outros.

E depois penso, repenso e raciocino no que devo ou não dizer,

No que é ou não relevante,

No que é ou não meu,

E na necessidade de o partilhar, de o expor em praça pública,

De me abrir por dentro para expor as minhas entranhas podres à espera de uma qualquer redenção,

Ou perdão,

Que não vem de mim…

Talvez porque cresci num seio em que a mentira vira verdade por necessidade,

Em que se oculta para preservar a individualidade e o conjunto,

Eu considere que tenha que dizer tudo,

Expor tudo, sob pena de acontecer o mesmo que aconteceu numa casa

Que por mais que pareça inteira,

Tem vidros de janela partidos por todo o lado,

E todos andam com mil cuidados,

Mas ainda assim,

Descalços.

(foi em Maio de 2020, mas podia tanto ser de hoje, de agora.)

12
Mar21

Sem travões

Humorosa

Estão preparados para mais uma aventura da Humorosa estão?

Então aqui vai em jeito de filme tragicómico para não ficar entalado nas veias e artérias e coisas que tais porque para trauma já bastam os joelhos fodidos e a mão toda esfolada. 

Era uma vez uma princesa Humorosa que andava com a mania de fazer caminhadas. Como a princesa tem assim um feitio especial, acaba por quando gosta muito muito de uma coisa ficar a fazer essa coisa muitas muitas vezes (normalmente até enjoar), o que significa que é pró em em "autosabotar-se" no que ao perfecionismo diz respeito. (se calhar auto-perfecionar-se é uma palavra melhor... mas adiante)

Posto isto, e após ontem ter sido toda feita em picadinho tipo ouriço caixeiro (?) (cacheiro?) pelas agulhas de acupuntura que indicaram que a sua visão caleidoscópica do mundo era não só válida, como bastante e suficiente (sem a conotação negativa que a palavra suficiente costuma ter), hoje tinha decidido que iria ser gentil consigo mesma e como sentia que precisava da sua grande caminhada lá se fez ao caminho.

2 horas depois e já bastante longe de casa pensou... serão mais duas para voltar, está a ficar um frio do xuxu, e acho que posso, devo e mereço ir de cu tremido (mas não tinha máscara porque quando se apercebeu que não a tinha levado já ia com "demasiada pressa" pra voltar atrás e não levou), e a única opção quase divina, a fazer fit in que lhe apareceu foi uma trotinete Lime.

Super empolgada, extasiada até, por tudo estar a encaixar magicamente no universo, andando à procura dos significados ocultos enquanto caminhava (em vez de SÓ caminhar - voz interna de bitch a dizer I told you so), lá se meteu em cima de uma Lime e decidiu epicamente ir em direção a casa com um sorriso de orelha a orelha e língua de fora que nem um canito à janela de uma viatura para condizer.

Tudo parecia funcionar, tudo parecia fluir, sentia-se a acelerar bastante mas desviava-se das pessoas e sentia-se a rainha do mundo! Uma sensação de conquista interna, externa e sei lá mais o quê envaidecia-a no seu novo meio de locomoção que a levava ao mundo. 

Mas, por algumas vezes teve necessidade de travar e o pé que teimava pôr na roda traseira não parecia surtir grande efeito quando desacelerava. Por duas vezes se viu à rasca para travar mas sobreviveu à potencial colisão com carros, e com pessoas. Até que ... como diz o ditado, à 3ª foi de vez.

Numa descida íngreme, sentiu que estava a ganhar balanço e o pé de trás por muito que se esforçasse não parava o acelerar da bicha que estava em rota de colisão com um entroncamento maravilhosamente povoado de carros e de um sinal vermelho para peões, bicicletas e trotinetes.

Vi a morte diante dos olhos em milisegundos e atirei-me qual super homem para o chão.

Caí de joelhos e mãos, a trotinete lá parou a sua descida infernal e eu fiquei a fitar o sangue a começar a sair pelas novas medalhas que tinha acabado de adquirir.

Respirei fundo lembrando-me de todos os ensinamentos de yoga, lá liguei ao mais-que-tudo, consegui mesmo tendo a adrenalina a correr-me nas veias lembrar-me de lhe enviar a minha localização super digna de costas deitadas na relva e patas pra cima encostadas a uma árvore só para ter a certeza que o sangue chegava bem à minha cabeça e não me dava prali nada pelo whatsapp, o moço chega, leva-me para casa, chego a casa, numa epopeia hérculea de quem ouviu sempre que não pode ver sangue e feridas lida com padrões mentais antigos e gere a situação real como uma real heroína fazendo os seus próprios pensos com carinho, amor e até mestria, volta à sala senta-se repousando as maleitas e o seu mais-que-tudo pergunta-lhe sobre a questão dos travões que funcionavam mal.

Ora pois que se enceta toda uma pesquisa googliana por travões, defeitos, e lime (sem querer fazer publicidade a quem me tirou bocados de carne em fim de dia), e eis pois senão quando, me apercebo que toda esta senda se materializou simplesmente porque eu simplesmente não usei os travões.

Andei de lime, durante 5 km, em plena Lisboa ... SEM TRAVÕES.

Num misto de vergonha, culpa e tristeza, decidi que viria partilhar convosco a minha experiência e o meu ensinamento desta situação sob a forma de HAIKU:

Travar é preciso,

Travões também,

Aceita-os na tua vida.

(e sempre que a vida te convidar a desacelerar, não vejas isso como uma ameaça, morrer será bem pior.)

E é isto meus senhores, termino o meu dia 12 de março de 2021, cheia de mazelas porque sendo eu uma gaja das pressas e de se achar senhora da sua sabedoria (BULLSHIT MILADY), ignorei por completo os travões da trotinete por ter assumido que ela travaria de forma similar a uma trotinete elétrica que tive quando tinha 14 anos e que travava com a roda de trás (Obrigada cérebro, quiseste economizar energia para não pensar muito e olha no que deu. Da próxima vez lembra-te de validar se o teu modelo mental de como funcionam os travões lá pros anos 2000 é válido na REALIDADE que estás a viver no momento. E tudo se resume também ao ensinamento: Estás a caminhar... CAMINHA SÓ. Está presente! Andas aí a pregar o mindfulness e olha decidiste hoje ignorar isso por completo e agora levas com a dor para te lembrares de estares presente no teu corpitxo)

Este post era suposto ter piada.

Mas não tem muita.

Acabei por me culpar bastante.

Olhem, foi o que deu.

Ainda assim note to self: Tratei das minhas feridas sozinha que nem uma strong independent woman... quanto ao resto, acho que ando como todos vocês aqui no mundo - a apanhar papéis.

Dança dança, balança balança, É a vida a acontecer.

(quase que era o ) Fim.

MAS NÃO FOI CARALHO que eu ainda tenho muito aqui para aprender.

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