Olhar proFundo de um saco de plástico
Esta poderia ser a descrição dos meus últimos dias.
Estão a ver aqueles sacos de plástico do chinês, mesmo grossos, que quando cheiram ainda vem aquele fedor a petróleo porque a destilação da sua matéria prima parece que foi feita ontem?
Passei estes últimos dias com um olhar profundo para dentro deles e só conseguia cheirar petróleo e sentir asfixia.
Eles bem sempre avisaram que não se colocam sacos de plástico na cabeça, mas eu tenho esta mania de que quanto mais aprendo mais sei, e mais respostas tenho e o caralho. #SÓQUENÃO.
Estou oficialmente naquela fase de paralisia por análise (que fica muito mais fancy quando dito em estrangeiro "paralysis by analysis").
E quanto mais textos inspiracionais, mais cura-te a ti próprio, mais psicologia aqui, gratidão ali, muda o teu interior, olha que o teu cérebro faz isto e aquilo, e bumba trauma aqui, trauma ali, PNL na veia, no dia-a-dia, textos científicos de como mudar a visão das coisas e ser bem sucedido na vida, e livros, e cartas, e o caralho... mais aqui a gaja fica em OVERFLOW como se recorda tão bem da sua pequena máquina de calcular científica Texas TI 83 plus.
E depois, quando chega a este ponto de enjoo, sabe, porque olha, tem sido esta a forma de copying até ao momento, que é momento de fazer um belo FUCK IT ALL e trazer espaço ao normal:
Comer, cozinhar, respirar, desenhar, pintar, passear, brincar, ouvir música, dançar, ser tonta, criar brincadeiras e mundos paralelos, fugir daqui ...
...Até que o CÉREBRO DESINCHE!
(e provavelmente volte a inchar, e a desinchar, e a inchar e a desinchar...até ao fim da minha vidinha que há-de ser com muita saúde lá longe longe quando eu já conseguir aceitar em paz que vou morrer. Ah e já agora quero que fique registado na minha tumba o meu nível de geekiness esperançada "Eu não morri, só mudei de estado físico.")
Era isto !